Vejo com frequência pessoas discutindo se é mais vantajoso investir diretamente em ativos/títulos ou utilizando fundos de investimento. A resposta, é claro, varia de pessoa para pessoa, dependendo do seu conhecimento sobre o mercado financeiro, além da disponibilidade e disposição para acompanhar os mercados.
Se o investidor não domina com profundidade os instrumentos financeiros, não tem tempo ou vontade para estudar, o melhor é utilizar um fundo, que contará com um gestor profissional.
Entretanto, aqui chegamos a um aspecto muito importante: a grande maioria das pessoas não sabe escolher bons fundos de investimento!
Investir em qualquer fundo, naquele que um amigo comentou ou que saiu em determinada reportagem como o fundo que mais rendeu é, sem dúvida, o maior erro do investidor iniciante.
1. Três principais aspectos: Estratégia, Capacidade do Gestor e Rentabilidade:
Um fundo não deve ser escolhido somente com base na sua rentabilidade dos últimos 12 meses (por incrível que pareça, é o que as pessoas mais fazem).
A escolha deve levar em consideração a estratégia utilizada pelo fundo, a capacidade do gestor e qualificações da equipe, além da rentabilidade alcançada. É um conjunto de fatores que leva a escolher o fundo a se utilizar.
2. Como conhecer a estratégia utilizada pelo fundo de investimento?
Para entender o funcionamento de um fundo, o primeiro documento a ser lido é a “Lâmina do fundo”, neste documento constam informações como: público-alvo, objetivos, política de investimentos e risco, que buscam fornecer elementos básicos para entender a proposta do fundo e a estratégia do gestor.
Mas só isto não basta, acesse o site da gestora do fundo (asset) e faça uma leitura minuciosa de toda a explicação que eles fornecem sobre os investimentos sob gestão, leia as cartas mensais e/ou semestrais do gestor, que mostram como é o pensamento da casa, onde os gestores estão posicionados e o que esperam à frente.
3. Quantos fundos ter em carteira?
É muito importante haver diversificação, mas ela também não pode ser feita em demasia ou sem um planejamento! A resposta depende do tamanho da carteira e também dos objetivos, mas boas carteiras têm no mínimo 4 fundos (investidores iniciantes ou com pequeno capital) até um número máximo por volta de 12 fundos, mas é muito importante a distribuição entre estratégias e descorrelação.
É aceitável possuir 2 ou até 3 fundos de uma mesma estratégia, mas que não sejam altamente correlacionados. E este é um ponto essencial! Vamos explicar o que isto significa: o fato de fundos não terem alta correlação retrata distintas características entre eles, resultando em um diferente comportamento nos movimentos dos mercados e entre si.
Como exemplo, em uma correlação positiva, quando um ativo sobe, o outro tende a subir também. Já em uma correlação negativa, na subida de um ativo, o outro tende a apresentar queda.
Se o investidor possuir dois fundos com a mesma estratégia e alta correlação, é muito provável que tenha uma sobreposição de ativos, como as mesmas ações/títulos, por exemplo. Neste caso, ele vai pagar mais taxa para fazer coisas semelhantes e não houve diversificação, mas sim uma concentração dos investimentos em um mesmo segmento.
Estas questões são descritas na Teoria do Portfólio, um assunto muito estudado pelos analistas de investimento, segundo a qual é possível reduzir o risco de uma carteira e aumentar a sua rentabilidade, com a utilização de investimentos com baixa correlação.
4. Qual percentual alocar em cada classe de fundos de investimento?
Esta resposta vai depender dos objetivos do investidor e de qual o seu perfil – conservador, moderado ou arrojado.
Investidores que pretendem resgatar os recursos no curto prazo ou que tenham perfil conservador, tendem a concentrar uma maior parcela em fundos de baixíssima volatilidade e com prazo mais reduzido para resgate, embora também seja desejável destinar uma pequena parcela para outras estratégias de investimento, melhorando a sua relação risco/retorno.
Já investidores mais moderados a agressivos tendem a reduzir sua exposição à baixa volatilidade (para algo em torno de 50 a 70%, por exemplo) e dividir o restante em fundos com oscilações moderadas a altas. Mas destacamos que isto é somente um exemplo e toda decisão de investimento deve ser antecedida por uma análise de perfil de investidor e de acordo com o seu prazo de investimento!
5. É benéfico ter exposição internacional?
Em uma carteira bem estruturada é fundamental destinar uma fatia do capital para fundos com exposição internacional. Estes fundos naturalmente possuem uma baixíssima correlação com o CDI e demais investimentos no Brasil, com uma distribuição do risco entre as economias desenvolvidas nos Estados Unidos, Europa e Ásia, que funciona como uma ótima diversificação.
Esta classe de fundos pode ou não ter exposição cambial e isto deve ser levado em consideração para escolha da composição do seu portfólio.
Enfim, é importante destacar que a escolha dos fundos de investimento que farão parte da sua carteira deve ser muito criteriosa. Na Rissardi Consultoria nós fazemos este trabalho para você. De acordo com o seu perfil e prazo de investimento é possível ter uma carteira de investimentos rentável e com risco controlado.
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Gustavo Rissardi
Analista Profissional de Investimentos CNPI 2328