Como alcançar a Liberdade Financeira?

Como alcançar a Liberdade Financeira?

23 de Novembro de 2023

Pode parecer algo distante para alguns, enquanto para outros a senioridade pode já estar próxima, de toda forma, tanto os jovens quanto os mais experientes devem se preocupar sobre como será sua saúde financeira na terceira e melhor idade!

 

É de fácil constatação que a renda obtida pelo aposentado brasileiro está cada vez mais reduzida com o passar do tempo e não se sabe por quantas reformas previdenciárias nosso país passará pelos próximos 10, 20 ou 30 anos. Por estes motivos, é muito arriscado contar apenas com a aposentadoria paga pelo governo brasileiro, seja pelo Regime Geral de Previdência Social, seja pelo Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos.

 

Somente um bom planejamento financeiro de longo prazo poderá ajudá-lo a atingir suas metas, seja seu perfil conservador, moderado ou agressivo, para alcançar a sua liberdade financeira!

 

Mas o que é Liberdade Financeira?

 

Liberdade financeira é quando você é livre para escolher o que fazer com o seu dinheiro, é ter liberdade de escolha: você gera renda sem trabalhar e ela é suficiente para cobrir os seus gastos e, principalmente, para realizar aquilo que traz alegria, bem-estar e felicidade para a sua vida. Ter liberdade financeira é, também, poder aproveitar momentos especiais com quem amamos, fazer um agrado, uma surpresa. Para ser livre financeiramente, não é preciso deixar de fazer o que se gosta e nem estabelecer para si mesmo regras rígidas, porque, se cortarmos aquilo que nos dá prazer, nosso planejamento financeiro não será sustentável a longo prazo, e a conquista da liberdade financeira ficará ainda mais distante.

 

O caminho para a liberdade financeira é composto por duas etapas: (1) fase de acumulação e (2) fase de consumo.

 

 

A primeira fase (acumulação) consiste basicamente em poupar para acumular patrimônio, nesta fase é necessário realizar aportes mensais por 15, 20 ou 25 anos (mais importante que o valor do aporte, é a disciplina de necessariamente realizar os aportes em todos os meses), no caso de pessoas que iniciam com pouco ou nenhum patrimônio. Por outro lado, para pessoas que já possuem um patrimônio inicial considerável, pode ser suficiente a manutenção dos referidos valores a longo prazo em bons investimentos, com o reinvestimento dos juros e proventos recebidos. A duração da fase de acumulação dependerá do montante final desejado para ser desfrutado na fase de consumo.

 

Já a segunda fase (consumo), equivale a utilizar os rendimentos mensais do patrimônio conquistado para suprir as despesas mensais e não depender mais, necessariamente, do trabalho para se manter, ou seja, é deixar o dinheiro trabalhar para você. Neste momento a renda de seus investimentos cobrem por completo suas despesas e você não precisa se preocupar mais com dinheiro, pode viajar sem compromisso, dedicar-se a um hobby, enfim, realizar aquilo que você goste!

 

O grande aliado do investidor nesta caminhada é o tempo, pois pode-se utilizar do efeito dos juros compostos, que será o nosso próximo assunto!

 

Efeito bola de neve

 

Agora, falaremos sobre como o tempo pode ser o grande aliado do investidor na caminhada rumo à liberdade financeira.

 

Aqui estamos falando da diferença entre juros simples e juros compostos. Enquanto no primeiro os juros incidem sempre sobre o capital inicial, nos juros compostos há a aplicação de juros sobre juros, pois a cada período acrescenta-se ao capital investido os juros do mês anterior para aí sim aplicar novamente a taxa pactuada.

 

Além deste ponto, é importante destacar a importância do reinvestimento dos juros e proventos recebidos ao longo do tempo, pois este procedimento vai gerar um comportamento exponencial no longo prazo.

 

 

Veja no gráfico apresentado que a aplicação dos juros simples, ou seja, sem reinvestimento, gera o resultado da linha inferior, enquanto a linha superior representa os juros compostos, com um efeito exponencial, isto é, o seu resultado cresce a uma taxa consideravelmente maior em períodos longos, como 5 anos, 10 anos, 15 anos, quanto maior o tempo, maior a taxa de crescimento patrimonial.

 

Desta forma, é muito vantajoso aos investidores reinvestir seus rendimentos e, consequentemente, aproveitarem-se da mágica dos juros compostos no longo prazo, que geram o chamado Efeito Bola de Neve!

 

Assim, mais importante que o valor, é o tempo de investimento e que os aportes sejam regulares, ocorrendo todos os meses!

 

Separe uma quantia de sua renda mensal e invista todo mês, sem exceção, mesmo que seja um pequeno valor. O tempo fará o seu papel e isto vai fazer a diferença lá na frente!

 

 

Renda Passiva

 

Quando falamos de liberdade financeira, o que vem em mente e gera dúvidas é como conseguiríamos gerar rendimentos para suprir nossos gastos no futuro ou complementar o valor da aposentadoria para proporcionar uma vida mais tranquila na terceira idade.

 

E a resposta é: Gerando Renda Passiva!

 

Primeiro vamos diferenciar Renda Ativa e Renda Passiva.

 

A renda ativa é aquela gerada a partir de um esforço de quem a recebe, podendo ser tempo e relações interpessoais. São exemplos de renda ativa o recebimento de salários, o trabalho autônomo, em que se troca o tempo do trabalhador por dinheiro, e também empresários que administram o seu próprio negócio, em que seu esforço está relacionado ao capital, relações interpessoais e também o seu próprio tempo. Estes são os três primeiros quadrantes da figura abaixo:

 

 

Já o último quadrante é o da renda passiva, que é gerada sem a necessidade de dedicar tempo e esforço contínuo para o seu recebimento, são exemplos: a rentabilidade obtida através de aplicações realizadas junto a instituições financeiras, investimentos em imóveis que geram renda através de aluguel, royalties, direitos autorais, lucros de dividendos de empresas, ações, entre outros.

 

Perceba que para gerar a renda passiva não é necessário que você gaste o seu tempo. Você simplesmente a recebe sem nenhum esforço. Por isso, devemos buscar formas de gerar renda passiva, com a acumulação de patrimônio ao longo do tempo para que no futuro esta renda passiva contribua para um final de vida tranquilo e feliz.

 

A grande questão é que o tempo é um “bem” que não se pode adquirir. Ele se passa e é finito. Quanto antes você atingir a sua liberdade financeira, mais cedo terá o tempo disponível para realizar aquilo que traz alegria, bem-estar e felicidade para a sua vida.

 

 

A forma mais eficaz e consistente de gerar renda passiva é acumulando patrimônio suficiente durante a fase de acumulação para usufruir dos juros ou proventos que remuneram este capital, quando bem investido. Para isso é preciso que você busque educação financeira, que lhe traga conhecimento, segurança e consistência. É importante mencionar que o perfil de investidor está intimamente ligado ao seu grau de conhecimento sobre o mercado financeiro.

 

Este é um assunto que aprofundamos em nosso e-book gratuito: Aprenda a investir do zero!

 

Acredito fortemente que o conhecimento sobre investimentos pode ser adquirido pouco a pouco e este é o meu objetivo aqui com você: trazer educação financeira de qualidade, para que ao longo do tempo você aprenda mais e mais sobre o mercado em geral e que isto lhe ajude de alguma forma a ter uma vida melhor!

 

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Gustavo Rissardi

Analista Profissional de Investimentos CNPI 2328

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